segunda-feira, 4 de outubro de 2010
LIVRO "DO REAL IMAGINADO"
iiiiii iiii iiiiiUma serenata no espaço
iiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiA explosão repousa
iiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiientre fulgurações -
iiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiio universo
iiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiexpande-se
iiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii- origem explodindo ainda
iiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiisobre a terra celeste
iiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiipequeno infinito crescente:
iiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiilua de medulas
iiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiique a água propaga.
Fogoflor
iiiiiiiiiiiiii i i ilua simples
llllllllllinfinitesimal
i ii iii iii ii iiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiivirão ao futuro as chamas conformes
iiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiida imaginação sideral
mas serás
iiiiiiiiiiiiiiiiiiisempre
a nudez diante de quem se jura
iiiiiiiiiiiiiiiiiiiicomo a paixão
iiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiantiga e súbita
à ilusão dos milênios:
iiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiprimordial.
iiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiEm 2001
Poesia
No princípio, não foi o verbo
e sim o soprodestino
infundindo ao barro pétalas antropofágicas:
e as ruínas designadas nos amantes.
O jovem naja, arrebatado
ao olor pubescente das parras,
não queria verso, só a infernal
Cleópatra entre os sentidos.
mergulho nas esquinas, raios do mar
boleando os elásticos passantes;
teus versos são lindos, não são instantes.
E sei que o eclipse aviva os passarinhos,
mas não guardarei sóis em pergaminhos.
Não. Aguardarei o Tempo passar.
repente
a rédea, a rede, o repente
arreio, arroio, rompante
ferreiro, raio rasante
teu olhar ardendo rente
um galope de somenos
de sugestão delirante
léguas de crina da égua
pelos, flancos do sertão
dorso de pele sem trégua
sem regras na imensidão
galope franco, sem rédeas
braçadas ao violão
quando o repente resiste
toda a viola se arqueia
ele um cavalo explodindo
as cordas são suas veias
centauro arisco e divino
viola que não se arreia
repente se transfundindo
viola d’égua e sereia
ei repente disparado
rebenque de inspiração
ei pelo negro ou rosado
ao bel-prazer da canção
meus dedos do tango ao fado
entremolejos, baião
improviso agalopado
ei corpo de violão
II
o cavalo - alado, em transe
incendeia-se as entranhas
o furor rompe o limite
de seu ar-regaço em chamas
e ele estremece as estrelas
e tem aura de fagulhas
e os olhos vertiginosos
se acalmam em luas puras
teu gozo também explode
revolve, mas se demora
sentidos em carne viva
sob a mente caprichosa
e és plena à gema das horas
gomos do próprio fascínio
tempo montado a espora
paixão solta em teus domínios
eu? perpasso, pesponto
alinhavo vestes avessas
ponteio de vela l’ivre
em tua vasta certeza
viola vibrando aos trancos
às ancas, a natureza
arroio em rede e barranco
enredo de correntezas
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