Matrix
Ser e Não Ser,
a máscara ao espelho
de um labirinto noutro.
Prestes a virar imagem,
a palavra uma última vez
dá-se ao poeta:
terá a própria
ir’realidade.
A realidade é um polvo de mentiras
debatendo o oceano da suspeita.
Mais triste do que o custo da receita
é ser falso o xarope, em que deliras.
Sem saber já abraçamos assassinos,
quanta vez sobraçamos vis enganos;
o real racharia como os sinos
se revelasse o lançador de arcanos.
No embaraçado mar do sentimento
quem dera ir de libreto em libreto,
porém o amor, solvido num soneto,
se extingue enquanto raia o fragmento.
No real corroído de ilusão,
falsa é a fantasia, a imaginação.
Não existe o presente.
Apenas,
na imaginação de adiamentos,
arcas, ânsias,
pendões pêndulos.
O futuro é um espelho em bólide
e reflete a fuga que nos esmaga.
Estou, ausente.
Sou só as palavras-vínculo
entre a fonte - sua constante -
e a dimensão do invento.
Ser e Não Ser,
a máscara ao espelho
de um labirinto noutro.
Prestes a virar imagem,
a palavra uma última vez
dá-se ao poeta:
terá a própria
ir’realidade.
A realidade é um polvo de mentiras
debatendo o oceano da suspeita.
Mais triste do que o custo da receita
é ser falso o xarope, em que deliras.
Sem saber já abraçamos assassinos,
quanta vez sobraçamos vis enganos;
o real racharia como os sinos
se revelasse o lançador de arcanos.
No embaraçado mar do sentimento
quem dera ir de libreto em libreto,
porém o amor, solvido num soneto,
se extingue enquanto raia o fragmento.
No real corroído de ilusão,
falsa é a fantasia, a imaginação.
Não existe o presente.
Apenas,
na imaginação de adiamentos,
arcas, ânsias,
pendões pêndulos.
O futuro é um espelho em bólide
e reflete a fuga que nos esmaga.
Estou, ausente.
Sou só as palavras-vínculo
entre a fonte - sua constante -
e a dimensão do invento.
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