mar
rolos de papiro
Fpáginas de tempo
FFFo livro do sal
tema lúnio
Fsobre o início
FFFFmar:
solista do infinito
FFo autonauta
FFFo espelho só
FFFFIlamento mono
FFFFFFaviso silvo
FFFFFFFFFFFFFFFsopro síbil de búzio
súbita
FFFFFserpente de dobras verdes
FFFFFFFFFFFFFFFdobres do pêndulo chumbo
FFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFmar:
fffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffsentença motiva
FFFFFFFFFFFFFbrusco
FFFFFFFFFFcontínuo
FFFFFFIrupto
mudo
FFFsucedo
FFFFFreflito
FFFFFFFcalo teu silêncio fluxo
FFFFFFFFFFFFFFF...
O conto da criação
A pena,
pavio de sol,
raia a palavra terra
até a pedra;
onde a gema flora.
A chama apura o topázio,
uma estrela nasce
sobre o mar.
Quando a cor toca na água,
a palavra começa a respirar.
Meu só momento:
o facho da letra
fecunda as fendas de sal
e sou o fundo onde a vida aflora.
Mera sensação: o que resta
é sempre o poema,
sobra do mar -
ainda que, como agora,
a gota de uma vogal
mine sozinha na página.
Amor com edifício
Pelo vidro do prédio, sou da altura
do tempo, fora da linha do mar,
geométrico no orbe, sem tonturas,
anti-séptico e incoercível pensar,
livro livre entre os astros, lira pura,
istmo do eterno a seu espaço, par
sol plano ao lívio cisne nas junturas
constelações em clara soltas no ar
No entanto, à tarde quase a suspirar
recidiva radiação se amoldura.
O amor! Eis a questão: como aturar?
E quem sutura a fenda que fulgura
Intra-sereias no fundo de ternura?
Mas já seu tempo azul volta a quebrar.
3 comentários:
Comentário feito a partir do poema "Amor com edifício."
Onde o mar? No azul quebrantado de ternura, no amor a esperar. no livro dos astros ... na ausência longamente a suportar... Aí Edson , o mar."
Excelentes seus poemas postados mais recentemente.
Muitas alegrias, muitas...Realize-se.
ines
Poeta: sua poesia é de prima beleza.
Parabéns!
amigos, obrigado pela leitura. estamos nessa pela beleza, não? tão somente: por vocês, por nós.
Postar um comentário