quarta-feira, 9 de maio de 2007

Novos poemas: "Do real imaginado"


Arte poética

O pensamento a vertiginar-se
com verbos e galáxias;
as estrelas, polens
do fogo,
soam no casco
dos insetos;
luzferrão,
marimbondos.
Assenti ou mareei
ao sentir
como vinhas;
hoje, calo.

Poesia

Em casa de Tarcísio -
ateliê-galeria –
tudo ao mesmo tempo é real e imaginação:
o armário, as cadeiras, o cinzeiro
são mais que objetos, são objetos:
personificações.

Clima perfeito
como numa nostalgia,
transposta entre amigos e:
as coisas nos são se as somos.
E hoje reproduzimos
uma cena antiga,
imaginada mas nunca escrita,
obra apenas da memória da arte:
cena que se recorda em nós,
trans
figurantes,
supra-reais



leio uma crônica de argumentos
e Bóris comenta: “Cercou o frango!”;
Neoma desenha;
(Tarcísio foi ao bar): TELAS;
Gaya gargalha para Shakespeare;
a comida avisa

que está quase pronta.

2 comentários:

Anônimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...
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