Perdas
Do Big Bang, o corpus
de uma brisa;
eu, sopro
de aniquilamento.
A origem, matriz
da perda,
engole e engendra o vazio,
minha
completude;
buracos negros se aplacam
na sede da minha órbita.
Hoje, insubstâncias -
tempo anucleado
em desejos por minuto -
a brisa entrete-se
antes de virar sopro,
antes do impulso.
A anelos sem destruição,
frustrações
sem fogo;
a perdas desmeduladas,
olvido sem
incrustações;
amemória.
A eternidade
acaba aqui.
2 comentários:
Ooooooiiii D. Edson Coelho...
Que boas as semanas com a tua poesia!!!
O infinito é um grande encontro subjetivo...um poema é a terra inteira (a arte, a tarde, e o desfolhar de todas as flores da vida!)...o poeta e o universo são um céu
metafísico...infinito, sabes? (É por isso que a poesia é uma sensação viva)!
Sabe Édson, sonho que podem ser puros,(os versos,digo!) como a arte deve ser pura. Ler um poema triste, dá um bocado de tristeza. Mas não é só um poema triste, é a vida, a paisagem, todas as paisagens, a revelação na superfície das coisas. Fazer poemas é realmente “engendrar o vazio” no grande azul da terra!
=)
Inês
se complementar do azulvazio, vazioazul - obrigado, inês: sossego ao seu merecimento, sempre.
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