“Um instante, maestro!”.
E a música fica suspensa em si mesma,
olhando pelas frestas dos instrumentos.
A música força o peito dos músicos
de dentro para fora. E, na platéia,
causa a impressão de soar
de fora para dentro.
O que acontecerá comigo,
que não conheço o programa,
se o maestro não retomar a audição?
Até quando poderei suportar
essa angústia, que não sei nomear,
suspensa em algum ponto em mim,
que não sei qual, pela interrupção
de algo que estava não previsto,
mas já consumado no tempo
e não se confirmou no espaço:
como um voo que partiu
sem a asa-delta?
A música soa, e nos liberta.
2 comentários:
Dom...
Nao escreva coisas tristes (apesar de ser mesmo linda a imagem da orquestra e da musica), nao esqueça que seu fa-clube fica triste junto com vc!
E preste atenção...seu fã-clube lhe ama e a sua poesia também!!!
Bj
a poesia é dura,não? mas o amor nos salva. obrigado
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