quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Circunstâncias eternas

Poema de ocasião

Canta, ó musa – ó vida -, a vida que começa
de Lana, eterna no tempo que não cessa.

Primeiro, prova, musa, apura os ouvidos,
verte a imaginação pelos sentidos;

o fluxo do momento, constante,
perpetua a beleza a cada instante

e a passo vai o pensamento
de firmamento a firmamento

- terra incrustada de estrelas -

peregrino relento do talento,
até o espírito dos cristais, mistério
à água flamejada pelos dias;

canta o que serás, eu, o que serias.

Canta, ó vida, a vida de Lana que não cessa,
infinita agora que começa;

(Venha lépida a eternidade
cronometrada das cidades.)

lúdicas, lúcidas emanências
sorvidas de acasos

e o amor aceso como um palco;

toda cor
o sol produz com a mesma dor,

sorve o barro a porcelana?;

a areia que mana emana
              - imana - 
a vida sobre a existência.

Decanta o presente; eu, a permanência.

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