instante paralelo I
Quando
estás longe, viras palavra.
Escrevo contigo
e materializas
nossa
memória.
E já
me puxas para o poema.
Câmara
de imaginações
aceleradas,
flutuações
de magia.
Chorar
de palavra, na medula.
E escrevemo-nos, dentro do poema.
Sentidos
linguícios fluências fluídicas -
texturas
-
físicas
ficções.
Uma
palavra te acorda risonha:
“Chegamos!”.
Pagas
o táxi, noite fria,
eu
sentado no batente, à espera.
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